Universidade no Mercado Global
I – Enquadramento e Diagnóstico
O ensino superior português, assente na instituição universidade, enfrenta hoje desafios profundos, que vão para além das sempre mediáticas questões do financiamento, dos modelos de governação e da autonomia. A conciliação da universidade como centro de inovação e produção de conhecimento com a prestação de serviços de formação ao longo da vida, a necessidade de uma relação mais intensa e sinérgica com o meio envolvente, ou a conciliação de um ensino de massas com o imperativo de standards elevados, produtores de elites empresariais, sociais e políticas são alguns exemplos. Contudo, talvez o mais profundo e com mais impacto no futuro, seja a afirmação das nossas instituições num mundo cada vez mais globalizado, com estratégias ambiciosas e uma oferta de grande qualidade, capaz de atrair os melhores alunos, professores e investigadores.
A criação do Estatuto do Estudante Internacional, no início de 2014, foi um passo importante numa aposta estratégica que envolve muitas mais dimensões.
O Grupo de Trabalho de Capital Humano da SEDES pretendeu, com este processo de diagnóstico e reflexão, e com a realização do debate «Universidades viradas para o Mundo», em Fevereiro, discutir a criação de condições para as universidades afirmarem a sua vocação global e, aproveitando as vantagens competitivas de Portugal, posicionarem o país como exportador de ensino superior de excelência
II – Conclusões e Recomendações
Como resultado do trabalho realizado e dos vários especialistas auscultados apresentamos em relação a esta matéria as seguintes conclusões e recomendações:
Lisboa, Setembro de 2014
O Grupo de Trabalho de Capital Humano da SEDES
O ensino superior português, assente na instituição universidade, enfrenta hoje desafios profundos, que vão para além das sempre mediáticas questões do financiamento, dos modelos de governação e da autonomia. A conciliação da universidade como centro de inovação e produção de conhecimento com a prestação de serviços de formação ao longo da vida, a necessidade de uma relação mais intensa e sinérgica com o meio envolvente, ou a conciliação de um ensino de massas com o imperativo de standards elevados, produtores de elites empresariais, sociais e políticas são alguns exemplos. Contudo, talvez o mais profundo e com mais impacto no futuro, seja a afirmação das nossas instituições num mundo cada vez mais globalizado, com estratégias ambiciosas e uma oferta de grande qualidade, capaz de atrair os melhores alunos, professores e investigadores.
A criação do Estatuto do Estudante Internacional, no início de 2014, foi um passo importante numa aposta estratégica que envolve muitas mais dimensões.
O Grupo de Trabalho de Capital Humano da SEDES pretendeu, com este processo de diagnóstico e reflexão, e com a realização do debate «Universidades viradas para o Mundo», em Fevereiro, discutir a criação de condições para as universidades afirmarem a sua vocação global e, aproveitando as vantagens competitivas de Portugal, posicionarem o país como exportador de ensino superior de excelência
II – Conclusões e Recomendações
Como resultado do trabalho realizado e dos vários especialistas auscultados apresentamos em relação a esta matéria as seguintes conclusões e recomendações:
- Incentivar/ capacitar as nossas instituições em termos humanos e materiais, preparando ofertas formativas de excelência, em língua inglesa, formando professores nacionais para tal;
- Flexibilizar as regras de contratação de professores estrangeiros, que enriqueçam a qualidade do nosso “produto académico”;
- Incentivar projectos de internacionalização das instituições portuguesas, favorecendo parcerias que confiram escala, massa crítica e qualidade acrescida à sua oferta formativa;
- Promover a língua portuguesa como argumento forte de atracção de estudantes (i.e. o facto da aprendizagem do português abrir as portas para um mundo de mais de 250 milhões de falantes);
- Preparar as nossas estruturas diplomáticas/ consulares com processos pró-activos de promoção do nosso ensino superior, potenciando o interesse de novos estudantes das respectivas geografias; simultaneamente, proporcionar-lhes capacidade de reacção/ encaminhamento para todos os pedidos de informação inerentes a esta procura;
- Apoiar a criação de redes de conhecimento e trabalho de Alumni, potenciando relações mais estreitas com ex-alunos, quando estes voltam aos seus países; tal permitirá incrementar níveis de colaboração ao nível empresarial, académico e científico;
- Desenvolver uma campanha de comunicação global, com uma marca forte e apelativa, com vista a promover as vantagens competitivas e de atractividade de Portugal na óptica do seu ensino superior (qualidade da oferta, riqueza cultural e qualidade de vida do País).
Lisboa, Setembro de 2014
O Grupo de Trabalho de Capital Humano da SEDES