Formação Dual
I - Enquadramento
Muito do sucesso económico e industrial da Europa pode ser explicado pela elevada capacidade dos trabalhadores europeus. Apesar de, últimos anos, ter havido uma elevação do nível de qualificação dos jovens em toda a Europa, vivemos o paradoxo de ter milhões de jovens desempregados, enquanto muitos postos de trabalho não são ocupados por falta de candidatos adequados. Esta situação mostra que as competências certas são mais importantes para o mercado de trabalho do que os níveis de qualificação formais.
O modelo de Ensino Dual, praticado em muitos países (exs: Alemanha, a Áustria, a Suíça, a Dinamarca e a Holanda), parece ter, como principal vantagem, a possibilidade de combinar a formação em matérias teóricas com o trabalho numa empresa e, deste modo, dar a possibilidade aos jovens de adquirirem competências específicas dos postos de trabalho e, simultaneamente, competências comportamentais exigidas no dia-a-dia do mundo do trabalho.
Portugal, com uma das mais elevadas taxas de desemprego jovem na Europa e das mais baixas taxas de estudantes no ensino profissional deve repensar, rapidamente, o seu sistema de ensino, avaliando e adaptando as melhores práticas europeias e mundiais, como é o caso do Ensino Dual.
Nesta reflexão, e com base na Conferência “Formar na Empresa e na Escola - Um Modelo Dual para Portugal”, realizada em Janeiro de 2014, pretendemos debater como este modelo pode ser uma mais-valia para Portugal, face a dimensão e características dos principais clusters produtivos nacionais.
II - Conclusões
1. Vantagens do Ensino Dual
2. Condições de expansão do Ensino Dual em Portugal
Muito do sucesso económico e industrial da Europa pode ser explicado pela elevada capacidade dos trabalhadores europeus. Apesar de, últimos anos, ter havido uma elevação do nível de qualificação dos jovens em toda a Europa, vivemos o paradoxo de ter milhões de jovens desempregados, enquanto muitos postos de trabalho não são ocupados por falta de candidatos adequados. Esta situação mostra que as competências certas são mais importantes para o mercado de trabalho do que os níveis de qualificação formais.
O modelo de Ensino Dual, praticado em muitos países (exs: Alemanha, a Áustria, a Suíça, a Dinamarca e a Holanda), parece ter, como principal vantagem, a possibilidade de combinar a formação em matérias teóricas com o trabalho numa empresa e, deste modo, dar a possibilidade aos jovens de adquirirem competências específicas dos postos de trabalho e, simultaneamente, competências comportamentais exigidas no dia-a-dia do mundo do trabalho.
Portugal, com uma das mais elevadas taxas de desemprego jovem na Europa e das mais baixas taxas de estudantes no ensino profissional deve repensar, rapidamente, o seu sistema de ensino, avaliando e adaptando as melhores práticas europeias e mundiais, como é o caso do Ensino Dual.
Nesta reflexão, e com base na Conferência “Formar na Empresa e na Escola - Um Modelo Dual para Portugal”, realizada em Janeiro de 2014, pretendemos debater como este modelo pode ser uma mais-valia para Portugal, face a dimensão e características dos principais clusters produtivos nacionais.
II - Conclusões
1. Vantagens do Ensino Dual
- Combinar, desde cedo, a formação em matérias teóricas, mais conceptuais, com as competências técnicas para o trabalho numa empresa;
- Facilitar a emergência de soft-skills, essencialmente responsabilidade, liderança intra-pessoal, comunicação e trabalho em equipa;
- A permanência dos formandos nas empresas (no modelo alemão, até 3 anos e meio) é muito importante para a socialização dos jovens;
- Garantir mão-de-obra qualificada e bem formada, com excelentes níveis de empregabilidade (por vezes, superior a 90%);
- Custos de formação profissional mais reduzidos para o Estado;
- Para as empresas aderentes, existem menores custos de recrutamento e de inactividade e redução do risco de uma contratação inadequada;
2. Condições de expansão do Ensino Dual em Portugal
- Existe uma ampla capacidade de expansão do modelo em Portugal (por exemplo, na Alemanha o sistema dual forma cerca de 1,3 milhões de formandos em 330 profissões diferentes – dados de 2014);
- Promoção da imagem do ensino profissional, como um ensino de excelência (nota: proporção de jovens no ensino profissional em Portugal é menor em comparação com outros países da europa).
- Há que promover a criação de legislação e regulamentação, na área das profissões, da formação e do direito do trabalho, de modo a garantir normas de qualidade e reconhecimento das competências adquiridas;
- Desenvolver normas e metodologias de monitorização/ avaliação da qualidade dos centros de formação e dos formadores;
- Envolver stakeholders diversos (escolas, empresas, associações empresariais, câmaras de comércio ou sindicatos) na concepção e organização do Ensino Dual